ÀS ARMAS, ÀS ARMAS.....

Em 11 de Janeiro de 1890 o governo inglês, envia um célebre "memorandum" ao nosso governo, que não só faz deitar por terra o nosso sonho de constituir a África Meridional Portuguesa (assinalada no "Mapa Cor de Rosa",de 1886) como demonstra a nossa incapacidade política de resistir às pretensões da Inglaterra, deitando por terra todos os desejos de continuidade da “inútil” Monarquia Constitucional estabelecida em Portugal.
Caso não fosse dada uma resposta satisfatória pelo governo português nessa mesma tarde, a delegação inglesa em Lisboa, abandonaria o nosso País. O rei D. Carlos reúne à pressa o Conselho de Estado e responde de imediato. Com “cobardia” e na presença de uma ruptura iminente de relações com a Grã-Bretanha e de todas as consequências que dela poderiam talvez derivar, resolveu ceder às exigências formuladas. Sucedem-se em Lisboa as demonstrações de revolta pela afronta inglesa e outros invectivam o governo do partido Progressista que é obrigado a demitir-se, sendo de imediato substituído por um governo do partido Regenerador. Lança-se uma subscrição nacional para a compra de navios de guerra, lança-se o boicote aos produtos ingleses e o espírito do momento é passado para a letra e música da "Portuguesa" que é agora o nosso hino nacional.